Troca de Fluido de Câmbio Tatuí SP

A troca de fluido de câmbio é uma etapa fundamental que muitas vezes é subestimada, mas que é crucial para o bom desempenho da transmissão, seja ela manual ou automática. O fluido de câmbio, comumente chamado de óleo de transmissão, serve para proteger os partes internas da transmissão, reduzir o calor e garantir que as trocas de marcha sejam precisas e seguras. Com o tempo, esse fluido perde suas propriedades, acumulando sujeira, impurezas e reduzindo a viscosidade, o que pode comprometer o desempenho do veículo e causar desgaste nas peças da transmissão.
Preservar o fluido de câmbio em perfeitas condições é fundamental para aumentar a durabilidade da transmissão e evitar falhas graves que podem gerar custos elevados. A troca do fluido deve ser feita de forma programada, conforme as recomendações do fabricante, garantindo que o câmbio continue operando de forma eficiente.
Função do Fluido de CâmbioO fluido de câmbio tem várias funções essenciais para o desempenho da transmissão:
- Lubrificação: O fluido hidrata as peças móveis da transmissão, como engrenagens, eixos e sincronizadores, reduzindo o atrito e o desgaste entre os componentes.
- Dissipação de calor: A transmissão produz calor durante o uso, especialmente em câmbios automáticos. O fluido reduz a temperatura e dissipá-lo, evitando o superaquecimento da transmissão.
- Hidratação das peças: O fluido preserva as partes contra corrosão e oxidação, que acontecem devido ao exposição a contaminantes e umidade.
- Acionamento da embreagem (no caso de câmbio automático): No câmbio automático, o fluido de transmissão opera a embreagem e componentes, possibilitando trocas de marchas eficientes.
A troca de fluido de câmbio é indicada seguindo o plano de manutenção do fabricante. Em geral, indica-se a troca entre 40.000 e 60.000 km para câmbios automáticos, enquanto câmbios manuais podem precisar de menos trocas. No entanto, veículos que operam em condições severas, como trânsito pesado, climas extremos ou estradas de terra, podem precisar de trocas antecipadas.
Independente da distância percorrida, há sinais que revelam que é momento de trocar o fluido:
- Dificuldade para trocar marchas: Se você notar problemas ao trocar de marcha, tanto em câmbios manuais quanto automáticos, o fluido pode estar espesso demais, comprometendo o funcionamento da transmissão.
- Marchas escorregando: No caso de transmissões automáticas, se o carro deslizar entre as marchas ou não segurar as marchas, o fluido provavelmente está velho ou em nível inadequado.
- Ruídos na transmissão: Ruídos diferentes vindos da transmissão podem mostrar que o fluido está sujo ou abaixo do nível.
- Cheiro de queimado: O óleo de transmissão aquecido pode exalar um odor de queimado, sinalizando que ele já não está mais cumprindo sua função.
- Fluido escuro ou sujo: O óleo de transmissão recém colocado é de cor vermelha ou âmbar clara. Se ao verificar a vareta medidora o fluido estiver escurecido, grosso ou contaminado, deve ser substituído.
A troca de fluido de câmbio, independente do tipo de transmissão, deve ser realizada com cuidado para manter a lubrificação adequada. Os passos básicos incluem:
-
Drenagem do fluido antigo: Nos câmbios automáticos, o fluido é escoado através da válvula no cárter da transmissão. No caso de câmbios manuais, o processo se repete, podendo ser necessário usar ferramentas próprias para acessar a tampa do cárter.
-
Remoção do cárter da transmissão (câmbio automático): Em várias situações, a troca de fluido de câmbio automático requer a remoção do cárter da transmissão para permitir a drenagem total do fluido. Essa etapa também facilita o acesso ao filtro do câmbio.
-
Substituição do filtro de transmissão (câmbio automático): O filtro de transmissão coleta partículas metálicas e outros contaminantes que se acumulam no fluido. Fazer a troca do filtro é fundamental para prolongar a limpeza do novo fluido.
-
Fechamento do cárter e bujão de drenagem: Após a drenagem do fluido antigo, o cárter é recolocado e o bujão de drenagem é apertado, para assegurar estanqueidade.
-
Adição do fluido novo: O novo óleo de transmissão é adicionado através da tampa do reservatório ou da vareta de nível. É essencial respeitar as especificações do fluido recomendadas, pois cada veículo exige um tipo de óleo de transmissão específico.
-
Teste da transmissão: Após a troca de fluido, o carro é colocado em funcionamento para permitir que o fluido novo circule. Deve-se verificar novamente o nível do fluido e ajustá-lo, se necessário.
Há diversos tipos de fluido de câmbio, e a escolha correta é essencial. Escolher o óleo inadequado pode causar sérios danos à transmissão.
-
Fluido de transmissão automática (ATF): Adequado para câmbios automáticos, o ATF possui características de lubrificação próprias. Existem diferentes especificações de ATF, como Dexron, Mercon, e versões sintéticas, com compatibilidade específica para tipos de transmissão.
-
Óleo de transmissão manual: Os transmissões manuais necessitam de óleos especiais de lubrificação para engrenagens e eixos. Óleos com classificações GL-4 ou GL-5 são comumente usados em transmissões e diferenciais manuais.
-
Fluido de transmissão contínua (CVT): As transmissões CVT, com sistemas de correia e polias, exigem fluido apropriado para esse tipo de sistema. O fluido CVT é desenvolvido para garantir a fricção e resistência ideais para o operacionalidade eficiente dessas transmissões.
Realizar a troca de fluido de câmbio dentro dos intervalos recomendados garante uma série de vantagens para o funcionamento ideal e vida útil da transmissão:
-
Melhor desempenho nas trocas de marcha: O fluido novo aprimora a lubrificação das partes móveis, permitindo mudanças de marcha mais suaves, especialmente em câmbios automáticos.
-
Prevenção de superaquecimento: O fluido de câmbio serve para evitar o superaquecimento. Trocar o fluido regularmente evita o superaquecimento, preservando os componentes internos da transmissão.
-
Redução de desgaste: O fluido antigo e contaminado perde sua capacidade de lubrificar adequadamente, o que leva ao desgaste prematuro. A troca de fluido protege as partes móveis, aumentando a longevidade da transmissão.
-
Evita falhas na transmissão: A ausência de troca regular do fluido pode resultar em problemas sérios, como problemas ao engatar marchas ou engrenagens danificadas, levando a reparos custosos ou até na substituição completa da transmissão.
Ao realizar a troca de fluido de câmbio, é crucial seguir as recomendações do fabricante. Aplicar um fluido inadequado ou não trocar o filtro de transmissão (em câmbios automáticos) pode resultar em problemas de funcionamento. Além disso, fazer a inspeção do nível do fluido com o motor quente, seguindo as instruções do fabricante, garante que o nível esteja correto para um desempenho ideal.
A troca de fluido de câmbio é uma etapa crucial da manutenção preventiva que preserva a integridade da transmissão e assegura que o sistema funcione de forma eficiente e prolongada.