Troca de Fluido de Freio

A troca de fluido de freio é uma manutenção indispensável para a conservação correta. O fluido hidráulico leva a pressão aplicada no pedal aos freios do carro, garantindo a frenagem do veículo. Com o tempo, o fluido absorve umidade e perde suas propriedades, o que pode comprometer a eficiência dos freios e, consequentemente, a segurança do motorista e dos passageiros.

O fluido hidráulico tem a capacidade de absorver umidade, ou seja, ele capta umidade ao longo do tempo. Com o uso contínuo, essa umidade se acumula no fluido, o que reduz o ponto de fervura. Em condições severas, o calor elevado pode gerar bolhas no fluido, um fenômeno conhecido como "fading". Essas bolhas impedem a transmissão da força, levando à ineficiência temporária na frenagem.

Além disso, o excesso de umidade pode causar corrosão nas linhas de freio e nos componentes internos, como os cilindros mestres e as pinças. A água no fluido favorece a ferrugem, o que diminui a eficiência do sistema. Por isso, a troca do fluido de freio é necessária conforme as condições de uso ou a cada 40.000 km, segundo o uso e o ambiente.

Existem alguns sinais que revelam que está na hora de trocar o fluido. Um dos mais comuns de notar é a sensação de que o pedal está "fofo", ou que é necessário pressioná-lo com mais força para fazer o carro parar. Isso geralmente significa fluido contaminado e não está transmitindo a pressão corretamente.

Outro sintoma é a diminuição de desempenho em frenagens contínuas, como em descidas de serra ou no trânsito pesado. Nesses casos, o sistema de freios aquece rapidamente, e se o fluido estiver com um ponto de ebulição baixo, o motorista pode sentir uma diminuição significativa na capacidade de frenagem.

Checar o estado do fluido também é importante. O fluido de freio em boas condições é claro, geralmente amarelada ou translúcida. Se o fluido estiver escuro ou turvo, isso revela contaminação ou degradação, o que demanda uma substituição imediata.

Os fluidos de freio são classificados em diferentes categorias, como DOT 3, 4, 5 e 5.1, cada um com especificações próprias. A grande diferença está no ponto de fervura e na composição.

• DOT 3: É o tipo mais comum e aplicado na maioria dos carros. Ele tem um ponto de ebulição mais baixo, o que o faz ideal para uso diário, mas não aguenta veículos de alta performance.

• DOT 4: Possui um ponto de ebulição mais alto que o DOT 3 e é mais resistente ao calor, sendo recomendado para carros em situações mais severas. A opção mais usada em carros atuais e aplicável também em motos.

• DOT 5: Esse fluido é baseado em silicone e não é higroscópico, o que não acumula umidade. Geralmente usado em veículos de alta performance e colecionáveis, pois garante maior proteção contra ferrugem. No entanto, não pode ser misturado com DOT 3 ou 4.

• DOT 5.1: Parecido com o DOT 4 na composição, mas tem um ponto de ebulição mais elevado, sendo recomendado para carros de alta performance. É uma boa opção para quem procura fluido de alta performance, mas com compatibilidade com os sistemas DOT 3 e DOT 4.

A escolha do fluido correto depende das especificações do fabricante do veículo. O uso incorreto de fluido pode prejudicar o sistema, causando falhas de funcionamento e até danos aos componentes.

A troca de fluido de freio deve ser feita por um profissional qualificado, já que o freio é crucial para a segurança do carro. O procedimento envolve a remoção do fluido antigo e a substituição por fluido novo, além da purga do sistema para remover qualquer bolha de ar que se acumulam com o tempo.

O início do processo é abrir o reservatório e drenar o fluido antigo. Isso é feito manualmente ou com máquinas especializadas. Após a retirada do fluido, o novo fluido é reposto, e o freio é purgado. Isso indica que o fluido será expelido pelas linhas, expelindo qualquer ar presente no sistema.

O mecânico inicia o processo pela roda mais distante do cilindro, seguindo para as rodas mais próximas. Durante esse procedimento, é essencial ficar atento ao nível do fluido, para assegurar que o sistema não absorva ar.

Após a eliminação de todo o ar do sistema, o pedal de freio deve ser testado para assegurar que a pressão está adequada e que o fluido circule por todo o sistema de freios.

Além da troca de fluido de freio, é necessário realizar verificações preventivas no sistema, para manter a eficiência e garantir a segurança. Isso inclui a verificação regular das pastilhas, discos e tambores de freio, além de inspecionar o sistema em busca de vazamentos e desgastes.

Manter o fluido de freio em boas condições é fundamental para evitar problemas no sistema, pois quando o fluido está contaminado ou degradado, ele gera ineficiência na frenagem e desgasta os componentes. Além disso, a manutenção preventiva impede falhas graves, como a corrosão das linhas de freio, que pode resultar em falhas graves.

A troca do fluido deve ser feita de acordo com o cronograma recomendado pelo fabricante, mas em condições severas de uso, como condução em áreas montanhosas ou climas extremos, a troca pode ocorrer com maior regularidade.

A troca de fluido de freio é essencial para manter a segurança ao volante, pois o fluido de má qualidade afeta o desempenho dos freios. Durante uma frenagem de emergência ou em situações de uso intenso, como longas descidas ou alta velocidade, o líquido precisa estar adequado para evitar falhas por aquecimento.

Quando o fluido está velho ou contaminado, o risco de falha no freio aumenta muito. Em momentos de emergência, como frenagens fortes, a presença de ar no sistema ou baixa resistência ao calor podem gerar perda temporária de eficiência, colocando o condutor e os ocupantes em risco.

Portanto, manter o fluido de freio sempre em boas condições é fundamental para assegurar o funcionamento adequado do sistema e assegurar que o veículo opere com segurança em qualquer circunstância.